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terça-feira, 5 de abril de 2011

Visão "impôs o modelo de revista generalista em Portugal"

O director da Visão, Pedro Camacho, defende que a revista “impôs o modelo de revista generalista em Portugal” e atingiu a idade “adulta” quando tomou a opção de se “desmultiplicar em várias marcas e plataformas”. 


A assinalar esta semana 18 anos de existência, o título viveu um “primeiro ciclo de afirmação, enquanto novo projecto jornalístico resultante do extinto O Jornal”, analisa Pedro Camacho, realçando que tal foi uma tarefa “dupla, a de migrar para um formato muito diferente daquele que abandonava”, tentando manter os leitores tradicionais, e, simultaneamente, a de reintroduzir “um modelo que não existia na altura, a 'newsmagazine'”.

Ao “êxito assinalável” deste ciclo, a Visão desmultiplicou-se, primeiro com a presença na Internet e depois com uma “família” de outros títulos que inclui a Visão Júnior, Visão Vida & Viagens ou Visão História. 

“No conjunto destas publicações, a Visão alcança uma circulação paga de 150 mil exemplares, e uma audiência superior a 760 mil leitores”, refere Pedro Camacho à agência Lusa, destacando ainda a chegada recente e “pioneira” da revista ao formato iPad.

“Esta entrada nas tablets, aos 18 anos de idade, nos termos em que foi feita, apostando num sistema de paginação específico para esta plataforma, é um passo claro e estratégico a pensar no futuro. Ninguém sabe muito bem como irá evoluir a imprensa e ainda menos como será o futuro destas novas plataformas digitais. Mas elas são, seguramente, o patamar que está mais à frente no actual panorama tecnológico”, sublinha o director e publisher do título editado pelo grupo Impresa.

Par o responsável, o “segredo” para a presença continuada da Visão ao longo dos anos no mercado editorial deve-se ao carácter “transversal” da publicação e à preocupação com os interesses dos leitores.

“O segredo é estar presente nas várias facetas da vida das pessoas, dando-lhes a informação de que necessitam para organizarem a sua vida e compreenderem os seus problemas e os problemas do Mundo. Não é, por isso, nada de novo: é apenas dar informação pertinente aos leitores”, defende.

Para o futuro mais imediato, Pedro Camacho admite que os “tempos que se aproximam não serão fáceis”, nomeadamente por via da contracção do mercado publicitário, mas a “obrigação” da Visão passa por “fazer o que estiver ao alcance para ultrapassar” as dificuldades que surjam.

“Com este enquadramento, continuaremos a estar militantemente empenhados nos projecto que temos em curso, e prudentemente atentos a qualquer nova oportunidade que nos surja pela frente. Felizmente, há uma coisa que não nos falta nem faltará, mesmo em tempo de crise: a criatividade e a capacidade de fazer projecto”, declara.

A Visão, que edita na quinta-feira um número especial que assinala os 18 anos de existência, surgiu nas bancas em Março de 1993 sob a direcção de Carlos Cáceres Monteiro. Pedro Camacho, actual director, assumiu a liderança do título em 2005.

Fonte: briefing

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