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quinta-feira, 12 de maio de 2011

Empresas de media querem apostar em conteúdos pagos



As empresas de media defendem cada vez mais a aposta em conteúdo pagos nas diversas plataformas. Exclusivos, entrevistas, colunas de opinião ou ainda notícias de valor acrescentando são produtos que os grupos de comunicação social querem disponibilizar aos leitores apenas através de pagamento. 

Não existe um modelo ideal de cobrança, mas o sucesso desta operação depende da criação de conteúdos diferenciados. Para isso, considera Pedro Araújo e Sá, administrador da Cofina Media, é necessário "compreender o consumidor" e estar presente em todas as "plataformas e nos vários momentos em que as pessoas consomem media”.

Com a chegada de uma quarta rede de geração móvel, a explosão de serviços de mobile TV, as diferentes possibilidades do digital e a busca de novas receitas financeiras no sector dos media motivaram a Associação Portuguesa para o Desenvolvimento das Comunicações (APDC) a marcar ontem um encontro com representantes dos principais grupos de comunicação social portugueses.

Pedro Nunes Pedro, administrador do jornal Público, considera a necessidade de “redesenhar o modelo de cobrança” de “conteúdos de qualidade”, recordando que “as vendas de papel desceram quando o site foi lançado” e o acesso passou a ser aberto a todos os conteúdos.

Por seu turno, Francisco Teotónio Pereira, da RTP, defende que a adesão em massa que hoje existe ao site do grupo de televisão público “não aconteceria se o acesso fosse fechado” e que “o acesso gratuito é que deu o impulso”. 

Henrique Monteiro, da Impresa, admite que “a indústria está baralhada com o modelo a seguir”, enquanto Rolando Oliveira, da Controlinveste, refere mesmo que “hoje em dia ninguém tem modelos rentáveis do negócio do digital”. 

Rudolf Gruner, da Media Capital, acredita que cabe aos produtores de conteúdos “fazer diferente” para as pessoas estarem dispostas a pagar; opinião partilhada por Pedro Araújo e Sá, da Cofina Media: “temos de estar na cabeça das pessoas durante todo o momento em que consomem informação. Haverá momentos em que, pelas características da nossa publicação, vai ser possível cobrar e outros em que não vai ser possível”, refere.

Em suma, parece ser consensual entre as diferentes empresas de media a ideia de encerrar o acesso gratuito a conteúdos diferenciados.



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